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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Parque Estadual da Pedra Branca - Núcleo Pau da Fome – Pedra do Quilombo



Quarta feira de cinzas, e para fechar com chave de ouro o carnaval de 2016, resolvemos encarar a trilha da Pedra do Quilombo, dentro do Parque Estadual da Pedra Branca.





O texto a seguir foi baseado no “Guia de Trilhas do Parque Estadual da Pedra Branca”, editado pelo INEA e disponível na internet (Vide link ao final do post) e não deve servir de guia para aqueles que não conheçam o Parque ou não estejam familiarizados com trilhas.



Um pouco de História

Por volta do ano de 1880, existia um quilombo nas terras da Fazenda do Camorim, administrada pelos beneditinos. Esse não foi o único quilombo conhecido e localizado dentro de uma fazenda conduzida pelos beneditinos, o que sugere uma boa convivência dos padres com os escravos fugidios. A trilha do Quilombo foi possivelmente aberta pelos escravos para ser usada em fugas e passagem dos antigos engenhos da região para o suposto quilombo, e por este motivo foi denominada como tal.

(...) “A estrada, que parte da represa do Rio Grande, caminho de tropo, indo até Santa Barbara, tem, à esquerda, uma outra que vae dar ao alto da Pedra do Quilombo, a 767 metros de altura, na Serra do Nogueira, de difícil acesso, não só pela sua declividade como pelas pedras, verdadeiros seixos rolados, espalhados pela estrada.” Magalhães Corrêa – 1933.


A Pedra do Quilombo

Situada a 735 m de altitude, a Pedra do Quilombo é acessada por uma íngreme, mas bonita, trilha que corta a vertente leste do Maciço da Pedra Branca, cruzando límpidos riachos e a exuberante Floresta do Pau da Fome. O cume possui um visual panorâmico de toda a Zona Oeste da cidade, onde é possível apreciar grande parte do próprio Maciço da Pedra Branca com destaque para os picos mais próximos, como o da Pedra Branca e o Morro da Bandeira. Pode-se, ainda, admirar as montanhas da Floresta da Tijuca, além de toda a Baixada de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Campo dos Afonsos.



Em dias de boa visibilidade é possível ver os fundos da Baía de Guanabara e, no horizonte, uma tênue silhueta da cadeia de montanhas que compõe a Serra dos Órgãos.


A trilha.


A trilha tem início logo depois do portão de entrada do Núcleo Pau da Fome. Assim que adentrar, siga para a esquerda em direção a uma casa amarela (usada como apoio para o pessoal do parque); a trilha começa logo depois dessa casa.




Essa parte é muito bem marcada, praticamente uma estradinha sempre subindo à sombra de frondosas árvores. Logo no começo da trilha, passam alguns riachos e bifurcações; seguir o caminho sempre em frente pela trilha principal. Chegando a um “ponto de sela”, aproximadamente a 1,5 km do começo da caminhada, siga pela bifurcação bem marcada para a direita; se continuar direto começará uma descida, que depois de cerca de 500 m alcança a trilha para Trilha da Pedra Hime.




Entrando à direita nessa bifurcação, a trilha continua em aclive, agora em leve zigue-zague, passando por alguns mirantes de onde é possível ver o contorno da Serra dos Órgãos e parte da Baixada de Jacarepaguá. Com cerca de 640m caminhados, após entrar na bifurcação a trilha faz uma curva para cruzar um bananal, um pouco antes de passar por interessante bambuzal. É nesse bananal, subindo a encosta para a esquerda, que se encontra a trilha, não muito óbvia, que segue para a Colônia. Prossiga subindo, sempre pela principal, e entre à esquerda na bifurcação, na próxima curva, 200 m após o bambuzal.



Com mais 100 m, chega-se a mais uma bifurcação em um pequeno descampado no meio de outro bananal. A trilha para a Pedra do Quilombo é para a direita, sentido oeste, cortando todo o bananal até alcançar uma encosta, e continua por 400 m sem aclive, sempre pela cota 500. Depois de 15 minutos desde o último descampado, a trilha chega a uma bifurcação; o caminho correto para a Pedra do Quilombo é para a esquerda, subindo por uma trilha muito íngreme. A trilha que segue em linha reta é bem mais fechada e prossegue até o Açude do Camorim.

Na bifurcação à esquerda, continuar subindo pela trilha íngreme, em que por diversas vezes o caminhante será obrigado a ultrapassar obstáculos com a ajuda das mãos, passando alguns grandes blocos de pedra e subindo até chegar na crista, 300 m depois, onde a trilha passa a seguir para a esquerda, sentido leste, sem aclive, para contornar a Pedra do Quilombo por trás. Por algumas vezes a trilha se estreita até encontrar uma fácil passagem horizontal, onde os montanhistas do Centro Excursionista Brasileiro (CEB) colocaram um cabo de aço para evitar degradar ainda mais o frágil terreno.





Após a passagem horizontal, a trilha segue até outra bifurcação, onde o caminho da direita segue para a face leste da Pedra do Quilombo, que possui muita vegetação, prejudicando um pouco a bonita vista para a Baixada de Jacarepaguá.



Seguindo para a esquerda, chega-se à base da pedra, em que é necessária uma pequena “escalaminhada” para acessar o cume rochoso, de onde se tem uma bela vista de toda a Zona Oeste da cidade, onde é possível apreciar grande parte do próprio Maciço da Pedra Branca com destaque para os picos mais próximos, como o da Pedra Branca e o Morro da Bandeira. Pode-se, ainda, admirar as montanhas da Floresta da Tijuca, além de toda a Baixada de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Campo dos Afonsos.












A trilha foi bem pesada, o que somado ao calor do verão carioca nos deixou acabados. Após o retorno a base, aquela parada certa no quiosque do Seu João para aquele lanche reconfortante e um bate papo com a sua simpática esposa.



Bem, espero que tenham gostado e até o nosso próximo post.


Links:

Link para baixar o Guia de Trilhas do Parque Estadual da Pedra Branca - http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mdi2/~edisp/inea0026328.pdf



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